07 novembro 2008

Um cavaleiro garboso..

Num tempo quase presente, que não é hoje e nem antes. É um tempo assim sem data, com espírito de justiça no ar e muita maldade querendo chegar.
Existe neste tempo, um castelo nas matas, lá dentro do Mato Grosso. Vive ai um cavaleiro altivo de fala macia, cheio de cortesias, presença tranquila mas de alma inquieta. Tem um pé que vive nas matas, perto dos rios, dos peixes e pássaros bem juntinho da sua amada, com quem compartilha caminhos, angústias e desejos da alma cheia de amor. Este infante garboso, vive a alegria de escrever. Ele escreve para viver, fala dos pássaros que lhe emprestam o espírito voador para um mergulho rasante sobre a terra esfarelada. Ama sua terra e sua gente, mas tem cá na cidade grande, outro ofício diletante. Nosso infante aqui é daqueles que por vontade maior não se aquieta com as injustiças do mundo. Por causas da terra que também ama, ele estuda e é doutor.
Pra nao causar polêmicas, sua escrita maior vem na forma de poesia, porque assim acredita pode bradar sobre as dores que lhe gritam na alma.
Sua escrita não tem um ponto final, quando escreve, e se coloca, parece ter por dentro um ebulir de idéias que não pode conter para si. E as vezes surpresa, vem numa bicicleta estudar, mostrar que sabe das coisas boas e simples da vida. De idéias particulares, parece toca viola, não sei, daquelas que a gente ouve e chora tamanha a emoção. Ah este cavaleiro escritor, amante da natureza, parece que aos bichos não tem uma preferência, ama mais os peixes, os passáros, as gibóias, quero-quero, socó e bem-te-vi, trinca-ferro, petrim e pajéu, tico-tico, o anu e siriri, também voa com velho tuiuiú, às margens do fecundo Pantanal. Parece pra mim que sou ele tamanha sua paixão, quem sabe sou dentro de mim, pouquinho dele também.
(este texto foi feito cumprindo o desafio lançado pela Olga, maravilhosa escritora, do Curso de Formação de Escritores da ESDC. O desafio era "roubar a alma" de uma pessoa que nós duas conhecemos, e a partir deste roubo de alma, escrever um texto incorporando sua essência. No texto era obrigatória a presença de um animal Por causa da alma roubalda, um animal não foi possível , precisei de vários. Olga espero ter cumprido o desafio, e agradeço a honra de ter sido escolhida. A alma do meu obsediado, agradeço a inspiração e peço me perdoe se não o apreendi completamente.)

Menino não faz arte !


Quando a casa ficava por mais de meia hora em silêncio., a mãe logo se fazia de plantão, atenta aos sinais daqueles momentos. O que estaria acontendo? Onde foram parar aqueles moleques?
Humm !!! devem estar no quintal. Qual nada ! Onde foram parar?
Não demorou muito, ouviu as gargalhadas vindas do quarto das crianças. Tentou se conter apesar da vontade de ver o que estava se passando, as gargalhadas continuavam e incontrolável a curiosidade de saber o que os divertia daquele jeito.
Esperou, afinal não queria ser surpreendida pelas crianças numa atitude infantil ao ceder a seu impulso de 'xeretice" . Ah, mas se estiverem fazendo arte ? Como saber ?
Os risos continuavam no quarto, e a mãe se inquietava, acho melhor ir ver.
De repente, se conteve, resolveu voltar atrás, e considerou que agora era preciso esperar. Deixar brincar e fazer arte as crianças. Seria agora ou nunca. Ou então quem sabe um dia, depois de muitos anos depois....Nunca mais !

Tecendo em Palavras

Origem: a de muitos brasileiros; Destino: o que eu conseguir conquistar dentro de mim !