Num tempo quase presente, que não é hoje e nem antes. É um tempo assim sem data, com espírito de justiça no ar e muita maldade querendo chegar.
Existe neste tempo, um castelo nas matas, lá dentro do Mato Grosso. Vive ai um cavaleiro altivo de fala macia, cheio de cortesias, presença tranquila mas de alma inquieta. Tem um pé que vive nas matas, perto dos rios, dos peixes e pássaros bem juntinho da sua amada, com quem compartilha caminhos, angústias e desejos da alma cheia de amor. Este infante garboso, vive a alegria de escrever. Ele escreve para viver, fala dos pássaros que lhe emprestam o espírito voador para um mergulho rasante sobre a terra esfarelada. Ama sua terra e sua gente, mas tem cá na cidade grande, outro ofício diletante. Nosso infante aqui é daqueles que por vontade maior não se aquieta com as injustiças do mundo. Por causas da terra que também ama, ele estuda e é doutor.
Pra nao causar polêmicas, sua escrita maior vem na forma de poesia, porque assim acredita pode bradar sobre as dores que lhe gritam na alma.
Sua escrita não tem um ponto final, quando escreve, e se coloca, parece ter por dentro um ebulir de idéias que não pode conter para si. E as vezes surpresa, vem numa bicicleta estudar, mostrar que sabe das coisas boas e simples da vida. De idéias particulares, parece toca viola, não sei, daquelas que a gente ouve e chora tamanha a emoção. Ah este cavaleiro escritor, amante da natureza, parece que aos bichos não tem uma preferência, ama mais os peixes, os passáros, as gibóias, quero-quero, socó e bem-te-vi, trinca-ferro, petrim e pajéu, tico-tico, o anu e siriri, também voa com velho tuiuiú, às margens do fecundo Pantanal. Parece pra mim que sou ele tamanha sua paixão, quem sabe sou dentro de mim, pouquinho dele também.
(este texto foi feito cumprindo o desafio lançado pela Olga, maravilhosa escritora, do Curso de Formação de Escritores da ESDC. O desafio era "roubar a alma" de uma pessoa que nós duas conhecemos, e a partir deste roubo de alma, escrever um texto incorporando sua essência. No texto era obrigatória a presença de um animal Por causa da alma roubalda, um animal não foi possível , precisei de vários. Olga espero ter cumprido o desafio, e agradeço a honra de ter sido escolhida. A alma do meu obsediado, agradeço a inspiração e peço me perdoe se não o apreendi completamente.)
07 novembro 2008
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Tecendo em Palavras
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- Origem: a de muitos brasileiros; Destino: o que eu conseguir conquistar dentro de mim !
4 comentários:
Teca, seu texto está a cara do cavaleiro garboso. Parabéns. Gostei de ver como você soltou as palavras nas frases.
Um beijão.
Teca-Menina, que progresso... soltando as palavras, voando com as imagens e encantando o leitor. Este, prá mim, é seu melhor texto!!
Teca, Teca...arrancou-me as lágrimas que estavam na fila da expressão da alegria e do amor.
Com o espírito voando por sobre a cidade, a voz embargada, e acarinhado por teus versos, me prosto diante de sua gentileza e agradeço com todo o meu ser.
Muito obrigado por suas palavras neste texto que vou levar comigo.
Um beijo com carinho, e com o cantar dos passarinhos.
Sady Folch
Oi, Teca.
Convidei você através do meu blog para participar de um meme. Veja em: http://desabafosereflexoes.zip.net/arch2008-12-07_2008-12-13.html#2008_12-12_22_36_11-4546624-26
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